REINTERPRETANDO SILENCIOS

Sabemos que o racismo veste mascaras diversas e, nos bailes da vida, aqui representados pelos espacos sociais, identificar o dono ou autor da fantasia nem sempre se torna uma tarefa facil. disfarcado, perambulando sutilmente em meio a multidao, o menosprezo pelo outro e pela sua historia de vida vai deixando seus rastros como pegadas historicas que insistem em criar novos atalhos. assim e percebido e sentido o preconceito racial, que ora se externa, ora, nao menos grave, se manifesta velado ou com exclamacoes de espanto que so fazem demarcar que o lugar do negro jamais pode estar acima de uma posicao ocupada por um branco. A sutileza faz parte da indumentaria racista e, muitas vezes, se torna dificil encontarar palavras para descrever o racismo e identificar seus algozes pos-modernos cada vez mais camuflados em suas fantasias.